A Babesiose, habitualmente
designada de Febre
da Carraça, afecta principalmente o cão embora possa também, ainda que
em menor número, afectar o gato e está difundida com maior incidência nas zonas
tropicais , sub-tropicais e temperadas. Existem inúmeras espécies de babésias em
Portugal, no entanto, a Babesia canis
é a mais comum.
A Babesiose é uma doença parasitária que não atinge o Homem.
É provocada por um protozoário (Babesia
spp.) que afecta principalmente os glóbulos vermelhos ou eritrócitos e onde
se multiplica.
Os protozoários penetram no cães saudáveis através da
picada de uma carraça infectada; esta por sua vez, fica infectada ao ingerir
sangue com eritrócitos parasitados. Todos os estádios da carraça podem
transmitir a doença mas a fêmea adulta é a mais eficiente. Para que a
transmissão do protozoário se dê, é necessário que a carraça permaneça fixa no
hospedeiro a ingerir sangue durante 48 a 72 horas. Uma vez no sangue, o
parasita invade os glóbulos vermelhos causando a sua destruição e
consequentemente a sua diminuição , originando uma anemia hemolítica.
O período de incubação, que é o tempo que decorre entre o
momento em que o animal contrai a doença e o aparecimento dos primeiros
sintomas, varia entre os dez dias a três semanas.
Os sintomas iniciais são normalmente depressão, fraqueza,
anorexia (falta de apetite) e mucosas pálidas. A icterícia, urina alaranjada a
vermelhada, febre e esplenomegália (aumento do tamanho do baço) são normalmente
sintomas que aparecem mais tarde. A sua forma aguda ocorre normalmente em cães
jovens muito parasitados. A infecção crónica é caracterizada por febres
intermitentes, apetite caprichoso e perda de condição física.
A babesiose felina afecta gatos com menos de dois anos e
caracteriza-se pelo aparecimento de sintomas como: anorexia, letargia, fraqueza
e mucosas pálidas. O aparecimento de sintomas como febre e icterícia são raros.
O tratamento desta doença baseia-se na eliminação da
circulação do parasita com fármacos anti-babésicos. O tratamento deve também
ser sintomático e de suporte, dependendo do estado clínico com que o animal se
apresenta necessitando a grande maioria de fluidos e alguns de transfusões
sanguíneas.
O primordial da prevenção da Babesiose consiste no controlo das carraças (Rhipicephalus sanguineus e Dermacentor reticulatus) mediante a utilização de produtos adequados e regulares, sendo também fundamental a limpeza e controlo do local onde o animal se encontra. Para além disso, a simples presença da carraça, a alimentar-se de sangue é, por si só, prejudicial; numa infestação média, o volume de sangue ingerido é considerável e o prurido causado pela picada pode levar o cão a infligir-se lesões de pele extensas, secundadas por infecções bacterianas.
O primordial da prevenção da Babesiose consiste no controlo das carraças (Rhipicephalus sanguineus e Dermacentor reticulatus) mediante a utilização de produtos adequados e regulares, sendo também fundamental a limpeza e controlo do local onde o animal se encontra. Para além disso, a simples presença da carraça, a alimentar-se de sangue é, por si só, prejudicial; numa infestação média, o volume de sangue ingerido é considerável e o prurido causado pela picada pode levar o cão a infligir-se lesões de pele extensas, secundadas por infecções bacterianas.
Actualmente encontra-se também disponível uma vacina para o controlo desta patologia, que apenas é eficaz frente a Babesia canis e que pode ser incorporada no restante protocolo vacinal.
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Director Clínico do Centro Médico-Veterinário VilelaVet
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